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4 nov 2025

A escassez docente e o futuro da educação

Com milhões de professores deixando a profissão, o mundo enfrenta uma crise silenciosa que compromete a aprendizagem, a equidade e o desenvolvimento sustentável

Dados do Relatório Global sobre Professores, da Unesco, apontam escassez mundial estimada de 44 milhões de profissionais da educação básica até 2030. Essa enorme crise provoca inúmeras consequências, sendo uma das principais a qualidade do ensino.

O cenário é bastante preocupante, considerando o agravamento ano após ano. De 2015 a 2022, a taxa de abandono da profissão quase dobrou no mundo. Na América Latina e Caribe, por exemplo, já são cerca de 2,8 milhões de professores que deixaram de atuar, abandonando a carreira docente.

Essa situação alarmante vai de encontro ao futuro que desejamos para as atuais e próximas gerações. Afinal, como sabemos, os professores cumprem um papel fundamental na formação de estudantes e no direito à educação. Além disso, impede o cumprimento do quarto objetivo da agenda de desenvolvimento sustentável das Nações Unidas até 2030, o de assegurar a educação inclusiva, equitativa e de qualidade, e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos. A própria ONU nos lembra que sem professores não existirá educação de qualidade. E sem educação é impossível alcançar o desenvolvimento sustentável.

E como podemos ajudar a mudar esse quadro? O debate com várias camadas da sociedade é cada vez mais urgente, para que possamos, juntos, evoluir em relação às medidas de combate à escassez de docentes – uma vez que o professor desempenha um papel essencial no exercício do direito à educação e é o fator intraescolar que mais influencia a aprendizagem dos estudantes.

Nesse cenário, a Fundação SM, a Unesco e o Grupo de Trabalho Internacional sobre Professores para a Educação 2030 criaram um Decálogo, documento que traz 10 condições para o exercício da profissão docente e, consequentemente, uma educação de qualidade. 

Estão entre essas premissas o cuidado do bem-estar integral dos professores, a melhoria nas condições de trabalho, a garantia que salários sejam proporcionais à responsabilidade exigida, o apoio à autonomia e a liberdade acadêmica das equipes e o clima adequado para o desenvolvimento dos processos de ensino-aprendizagem, em ambientes educacionais inclusivos, equitativos, seguros e saudáveis.

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Erica Carvalho – coordenadora da Fundação SM no Brasil

Fonte: A Gazeta

Imagem by Freepik