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9 ago 2022

Ensino Médio: 66% dos alunos preferem aulas presenciais

Levantamento do Ensino Social Profissionalizante (Espro), intitulado Pesquisa Jovem Covid-19, em sua nona edição desde o início da série, apurou que 51% dos jovens respondentes, que estão no Ensino Médio, tiveram uma experiência negativa estudando remotamente. No Ensino Médio Técnico houve empate: 42% dos estudantes consideraram a experiência negativa e 42%, positiva. Ao contrário dos que cursam o Ensino Médio e Médio Técnico, a experiência em estudar em formato de Educação à Distância foi positiva para 55% dos jovens que estão no Ensino Superior.

A Pesquisa Jovem Covid-19 teve início em abril de 2020 e coletou mais de 22 mil respostas na somatória das nove ondas. A edição atual ouviu 1.006 jovens, com idades entre 15 e 24 anos que são ou já foram aprendizes do Espro, nos meses de abril e maio de 2022. O índice de confiabilidade é de 95% e a margem de erro é de 3%.

Na primeira onda, 75% dos adolescentes e jovens tiveram aulas no formato de EAD; na 7ª, período mais letal da pandemia no Brasil, esse número atingiu 85%; e hoje, apenas 23% seguem estudando de casa. Em relação às aulas presenciais, entre a primeira e quinta ondas, o patamar foi zero. Na oitava onda, 30% dos adolescentes e jovens haviam retomado as aulas presencialmente e agora, o número dobrou: 60%.

Se nos estudos a experiência remota foi negativa, para os jovens respondentes da pesquisa, que trabalham remotamente, a experiência foi positiva para 78%.

Em relação aos jovens, que tiveram essa experiência, 68% preferem que sua jornada de trabalho seja inteiramente remota ou híbrida. Contudo, essa realidade está mais distante dos jovens e famílias em situação de baixa renda. Ainda segundo o estudo, muitos desses jovens passaram a atuar como arrimo de família durante a pandemia, tendo sua remuneração como a única ou a principal fonte de renda.

Segundo a pesquisa, quanto menor a renda familiar do adolescente ou jovem, maior a probabilidade de trabalhar presencialmente durante a pandemia. Quanto maior a renda, maior a porcentagem de adolescentes e jovens que podem trabalhar no formato híbrido.

Para aqueles que possuem renda familiar de um a dois salários mínimos, a chance de rodízio entre trabalho presencial e remoto é de apenas 5%. Enquanto isso, para aqueles que têm renda de 4 ou mais salários mínimos, o trabalho híbrido acontece em 17% dos casos.

O levantamento também mostrou que as famílias em situação de baixa renda foram as que mais sofreram com perda de renda e emprego durante a pandemia. Na faixa de até um salário mínimo, 16% dos jovens perderam o emprego e 37% tiveram algum familiar que ficou desempregado. Além disso, 26% admitiram que algum familiar teve queda na renda. Por conta dessa situação, 73% dos jovens com renda de até um salário mínimo afirmaram que algum familiar recorreu a auxílios para completar a renda da família.

No âmbito geral, a perda de emprego entre os jovens na série histórica foi de 3% na primeira onda para 7% na onda atual. O maior valor foi 8% na oitava onda (em novembro de 2021). Dentre os familiares, a porcentagem de quem perdeu o trabalho começou em 10% na primeira onda, atingiu 21% na sétima e oitava ondas e chegou a 22% nesta.

Apesar do avanço da vacinação entre as crianças e adolescentes, doses de reforço para os mais idosos e queda considerável no número de mortes, a pesquisa mostrou que a maioria dos jovens continuam estressados, cansados e desanimados.

Em abril de 2020, 89% deles estavam mais ansiosos que o normal. Dois anos depois, o resultado subiu 4 pontos percentuais, atingindo 93%.

Sobre o desânimo, a primeira onda apontou um percentual de 88%, que foi caindo gradativamente até a quinta onda, atingindo o menor valor da série histórica: 79%. Porém, os valores voltaram a subir a partir da sexta onda e, na atual, 85% dos adolescentes e jovens estão mais desanimados que o normal.

Os adolescentes e jovens também estão mais estressados que o normal. Nas últimas três ondas, os valores bateram os maiores patamares: 78% na sétima, 79% na oitava e 80% na nona onda.

Fonte: Monitor Mercantil